7ª turma da Enfoc da Contag presta solidariedade a manifestantes em Greve de Fome por Justiça no STF

O domingo (19 de agosto) foi marcado pela solidariedade dos mais de 110 educandos(as) da 7ª turma da Escola Nacional de Formação (Enfoc), diretoria e sssessoria da Contag, aos 7 integrantes de movimentos sociais  que estão no 20º dia em Greve de Fome por Justiça no STF e para que os brasileiros(as) não voltem a passar fome. O grupo grevista é formado por Frei Sérgio Görgen e Rafaela Alves (do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA), Luiz Gonzaga, o Gegê (da Central dos Movimentos Populares – CMP), Jaime Amorim, Zonália Santos e Vilmar Pacífico (do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST), Leonardo Soares (do Levante Popular da Juventude).

A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado da Paraíba (Fetag-PB), foi representada pelos 7 diretores e assessora, que participam da Escola: Cleide Araújo, Iara Enéas, Josildo Irineu da Silva, Aucélio Silva, Márcio Luis Oliveira, Raquel Barbosa, e Fátima Elias.

No ato de solidariedade muitas canções, místicas e falas emocionantes em apoio à luta daqueles e daquelas que decidiram sacrificar o próprio corpo em nome da justiça, da democracia e da vida de milhões de brasileiros(as).“Toda nossa solidariedade aos companheiros e companheiras que passam fome pela liberdade do ex-presidente Lula, preso político por um judiciário conservador. Hoje, mais uma vez reafirmamos o nosso respeito a cada um dos(as) que estão em greve, pois vocês são exemplos de resistência e luta no combate aos projetos conservadores que estão postos na atual conjuntura política do Brasil”, ressaltou o secretário  de Formação e Organização Sindical da Contag, Carlos Augusto Silva (Guto).

O presidente da Contag, Aristides Santos, fez um resgate histórico, lembrando que há 5 anos, mesmo nas previsões mais pessimistas, ninguém poderia imaginar que o Brasil que era referência mundial, estaria hoje em condições tão desfavoráveis que oscilam entre o caos interno e o ser motivo de piada mundial. Para o presidente da Contag é preciso que o Judiciário cumpra o seu papel nos tribunais. “Os juízes parecem mais militantes de partidos políticos, quase sempre defendendo a causa daquilo que é ruim para a sociedade, ou seja, se a fome está aumentando, eles não enxergam; se cresce o desemprego, não se sensibilizam; se a violência toma conta do Brasil, eles não veem. Mesmo com todas as diferenças políticas e ideológicas, eles têm o dever de amar e querer o bem do país”, afirmou.

Aristides ainda questionou os Ministros do STF sobre a situação do ex-presidente Lula diante da Constituição. “A constituição está sendo respeitada? Têm provas concretas contra o Lula? Ou ele é um preso político? Somos seres humanos assim como o Lula, e precisamos ser respeitados. Se estão fazendo isso com o ex-presidente, o que farão com a gente amanhã?”, denunciou.

O presidente da Contag encerrou sua fala enaltecendo o gesto humano e aguerrido dos grevistas. “A coragem de vocês vai além da nossa. Quantas vezes não vamos a uma reunião porque faltou transporte ou outra coisa? Ou desistimos diante da primeira dificuldade que aparece? Vocês nos encorajam a superar os momentos difíceis, com força e energia para fazer a luta e manter a resistência por um Brasil de todas e de todos”.

Emocionado com a solidariedade dos educandos(as) da 7ª turma Nacional da Enfoc, da Diretoria e Assessoria da Contag, Luiz Gonzaga, o Gegê (da Central dos Movimentos Populares – CMP) afirmou que fazer a greve de fome é participar de uma frente de luta da classe trabalhadora, com compromisso e responsabilidade. “Estou numa greve de fome porque sei exatamente que a classe trabalhadora não pode voltar a passar fome. Sou um sertanejo paraibano de Catolé do Rocha, onde vi muita gente, muitas crianças e muitos jovens morrerem de fome. É impossível cruzarmos os braços e não vermos que a fome tem aumentado. E não falo só da fome física, mas também da fome por direitos sociais e uma vida com dignidade. Portanto precisamos enquanto classe trabalhadora retomar os rumos do nosso Brasil”, disse.

Rafaela Alves (do Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA) direcionou sua fala para a importância dos movimentos sociais e sindical investirem na formação, como estratégia de emancipação dos sujeitos e de transformação da sociedade.“Se os movimentos não investirem na formação do seu povo e da sua militância sem dúvida diminui muito a sua possibilidade de existência e de cumprir seu papel na história. É através da formação que alimentamos as ideias, a esperança e ajudamos o povo a entender quem são seus inimigos. Só com a formação manteremos a luta ao longo do tempo, sobretudo em conjunturas difíceis, como a que estamos atravessando agora”, compartilhou.

Após o ato de solidariedade, os educandos e educandas ainda participaram de oficinas de integração no Parque da Cidade (Batucada, Encenações Teatrais e Música).

“Tudo que temos vivenciado na Escola Nacional de Formação da Contag (ENFOC), a exemplo da visita aos companheiros e companheiros que estão em greve de fome, nos mostra que estamos no caminho certo, pois como afirma o mestre Paulo Freire: ‘É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática’. Levarei do nosso 1º módulo uma bagagem cheia de experiências e práticas inesquecíveis, e a certeza que nesse lugar chamado ENFOC de fato a Educação tem feito a Transformação Social dentro e fora do Sistema Contag”, compartilhou a educanda da 7ª turma, Flaviana Almeida.

Além do presidente da Contag e do secretário de Formação e Organização Sindical, também participaram do Ato em nome da Diretoria da Contag, o vice-presidente e secretário de Relações Internacionais, Alberto Ercílio Broch, a secretária de Mulheres, Mazé Morais, e a secretária de Jovens, Mônica Bufon, que também é uma das educandas da 7ª turma. Ainda se somaram ao ato, a deputada federal pela PT-DF, Erika Kokay, e a candidata à vice-governadora do DF pelo Partido dos Trabalhadores, Cláudia Farinha.

LEIA AS ORIENTAÇÕES PARA PRESSIONAR O STF NOS ESTADOS

Estimados companheiros e companheiras.

Vocês têm acompanhado que temos sete companheiros/as fazendo greve de fome desde o dia 31 de julho, e completam hoje  16 dias. Apesar das preocupações com a saúde, eles estão firmes e disposto a ir até as últimas consequências para conquistar a liberdade para o companheiro Lula.

No dia 14 de Agosto tivemos audiência com a Ministra Carmen Lúcia, que sinalizou a possibilidade de colocar em votação a ADC que poderia libertar Lula.

Por tanto, a possibilidade de  julgamento do caso,  depende apenas da ministra e do STF.

Diante disso, acordamos aqui em Brasília com diversos movimentos populares, apos a mobilização vitoriosa do dia 15 de agosto, de que deveríamos organizar uma campanha nacional, com diversas atividades.

Propomos que em cada estado, município, os companheiros/as se articulem entre os movimentos, igrejas e sindicatos, e a partir de segunda feria, dia 20/8  possamos realizar vigílias de uma ou duas horas, na forma de atos políticos e religiosos em frente de tribunais ou fóruns, com  velas, de protesto e esperança,  das 18h as 19hs. Ver a possibilidade de repeti-las durante toda semana.

A semana do dia 20 de Agosto será decisiva para o desfecho positivo, por isso temos que aumentar a pressão sobre o judiciário,  exigindo que a Ministra Carmen Lúcia, coloque em votação a ADC  43/ 44, e 54 que poderia  garantir a prerrogativa da constituição que garante a liberdade de todo Brasileiro, como presunção de inocência, ate ser julgado em ultima instancia.

Também recomendamos que aumentem as pressões, mensagens, cards em todas as redes sociais, em solidariedade aos grevistas e exigindo da Ministra que coloque o tema em votação.

Ministra Carmen Lúcia, acorde, a Justiça bate em sua porta!

Lula livre

FONTE: Comunicação Contag- Barack Fernandes

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