Em reunião com gerentes do INSS, dirigentes sindicais relatam dificuldades em relação a pedidos de benefícios previdenciários na Paraíba

 

Durante a reunião, coordenada pela FETAG-PB, os dirigentes sindicais também conversaram sobre as ações da Campanha Sindicato de Portas Abertas

A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares da Paraíba (FETAG-PB) realizou nesta quinta-feira (02), uma reunião com os gerentes regionais das agências do INSS de João Pessoa e Campina Grande, Rogério Oliveira e Marcus Vinícius. Diretores e assessores da FETAG-PB estavam presentes.

A reunião aconteceu de maneira virtual e contou com a participação de dirigentes de sindicatos rurais, que acionaram a diretoria da FETAG-PB para informar sobre os problemas que ainda persistem em relação aos pedidos de benefícios previdenciários solicitados ao INSS para os trabalhadores e trabalhadoras rurais, principalmente, aposentados e pensionistas.

“Também conversamos sobre as revalidações das autorizações dos aposentados, que são realizadas pelos sindicatos e possuem um prazo para serem feitas. É importante também realizar novas filiações e seguirmos mantendo esse diálogo para alcançarmos nossa meta, e assim, fortalecer a luta sindical”, afirmou o presidente da FETAG-PB, Liberalino Ferreira.

O prazo para os sindicatos realizarem as revalidações foi ampliado até 31 de dezembro de 2022, de acordo com a Lei n° 14.131/2021, e pode ser prorrogado por mais um ano por ato do presidente do INSS. No entanto, como frisou o presidente da FETAG-PB, na reunião desta quinta, é importante que os sindicatos não se acomodem e deem continuidade a esta ação, que faz parte da Campanha Nacional de Sindicalização – Sindicato de Portas Abertas, elaborada pela CONTAG.

O assessor do Centro de Processamentos de Dados da FETAG-PB, Kleber Araújo, mostrou o panorama das revalidações no estado e se colocou à disposição dos sindicalistas rurais para fazer uma capacitação e explicar como funciona o SisCONTAG, sistema responsável em receber as revalidações feitas pelos sindicatos.

Com o INSS, o presidente da FETAG-PB informou que são feitas reuniões periódicas com os gerentes das duas agências na Paraíba devido às reclamações realizadas pelos trabalhadores e trabalhadoras rurais quando solicitam algum benefício previdenciário ao órgão federal e em relação ao atendimento nos canais disponibilizados, como o 135 e o aplicativo Meu INSS. “Os gerentes executivos são sempre solícitos e atenciosos com a Fetag e se dispõem a solucionar os problemas que surgem na hora que o agricultor ou a agricultora dá entrada no pedido de algum benefício no INSS. Temos mantido esse diálogo constante com eles, mas os problemas são recorrentes e por isso, mais uma vez, estamos realizando esta reunião”, explicou Liberalino Ferreira.

As principais dificuldades reportadas pelos dirigentes sindicais e os próprios trabalhadores rurais estão relacionadas a auxílio doença, pensão por morte, aposentadoria e salário maternidade. Segundo Vânia Victor, presidente do Sindicato de Salgadinho, as respostas em relação ao deferimento de auxílio-doença têm demorado muito. “Tem trabalhador que faleceu esperando a perícia”, informa.

Adriano Pereira, da cidade de Bernadino Batista, reforça a reclamação de Vânia. “Demos entrada em um pedido de pensão por morte em agosto de 2020 e ainda está em análise”, disse o sindicalista.

A marcação de perícias médicas também tem sido um suplício para os trabalhadores e trabalhadoras rurais. A presidente do Sindicato de Belém, Marleide Fernandes, informou aos gerentes do INSS que ligou mais de 7 vezes para o número disponibilizado pelo órgão, 135, e não conseguiu agendar. “Fico esperando por horas na linha, e quando chega na sessão de marcar, a ligação sempre cai”, relata.

Os gerentes executivos responderam cada questionamento dos dirigentes e da diretoria da FETAG-PB e explicaram que o INSS passa por um momento muito difícil. “Sabemos que os prazos para resposta do pedido de algum benefício não estão sendo cumpridos como gostaríamos, sabemos das necessidades dos trabalhadores rurais, mas o INSS está passando por um momento muito difícil, com poucos servidores e muitos processos para resolver. Vivemos apagando incêndios”, desabafou o gerente da agência de João Pessoa, Rogério Oliveira.

Marcus Vinicius, da agência de Campina Grande, que atende também as cidades do entorno, disse que também está com poucos funcionários para atender e dar encaminhamento as demandas que chegam nesta agência regional. Ele explicou que em relação aos indeferimentos dos pedidos de benefícios previdenciários é importante que os trabalhadores vejam se não está faltando algum documento e se a negativa tem algum fundamento. “Caso esteja tudo correto, podem entrar com recurso para que isso seja resolvido”, informou.

Assessoria de Comunicação da FETAG-PB – Mabel Dias

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