João Pessoa está entre as capitais do Nordeste com alta no preço da cesta básica

 

As maiores altas no custo médico da cesta básica de alimentos foram registradas nas cidades do Norte e do Nordeste. João Pessoa, capital da Paraíba, é uma das capitais nordestinas em que a cesta básica está com o preço elevado, com um percentual de 3,62%. Além de João Pessoa, a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) registrou as maiores altas nas cidades de Recife (8,13%), Salvador (3,76%),  Natal (3,25%), Fortaleza (2,91%), Belém (2,27%) e Aracaju (1,96%). Florianópolis (1,40%) e Goiânia (1,33%), nas regiões Centro-Oeste e Sul, também apresentaram elevação no custo médio. As reduções mais importantes ocorreram em Brasília (-1,88%), Campo Grande (-1,26%) e no Rio de Janeiro (-1,22%).

A cesta mais cara foi a de Florianópolis (R$ 710,53), seguida pelas de São Paulo (R$ 692,27), Porto Alegre (R$ 685,32), Vitória (R$ 668,17) e Rio de Janeiro (R$ 665,60).

Entre as capitais do Norte e Nordeste, onde a composição da cesta tem algumas diferenças em relação às demais cidades, o preço em João Pessoa chega a R$ 505,94, seguida por Aracaju (R$ 473,26), Salvador (R$ 505,94) e João Pessoa (R$ 508,91), com menores custos.

Ao comparar novembro de 2020 e novembro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Curitiba (16,75%), Florianópolis (15,16%), Natal (14,41%), Recife (13,34%) e Belém (13,18%).

Entre janeiro e novembro de 2021, todas as capitais acumularam alta, com taxas entre 4,44%, em Aracaju, e 18,25%, em Curitiba.

Com base na cesta mais cara que, em novembro, foi a de Florianópolis, o DIEESE estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.969,17, o que corresponde a 5,42 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças. Já em outubro, o valor do mínimo necessário deveria ter sido de R$ 5.886,50, ou 5,35 vezes o piso em vigor.

O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em novembro, ficou em 119 horas e 58 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em outubro, quando foi de 118 horas e 45 minutos.

Quando se compara o custo da cesta com o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto referente à Previdência Social (7,5%), verifica-se que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em novembro, 58,95% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em outubro, o percentual foi de 58,35%.

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Assessoria de Comunicação da FETAG-PB (Mabel Dias), com informações da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE)

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