A mudança na cesta básica brasileira e o impacto na agricultura familiar

Determinação inclui novos alimentos em prol da redução de doenças, melhoria de qualidade de vida, geração de renda e proteção do meio ambiente

Avanços para as agricultoras e agricultores familiares do Brasil! Em primeira reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que promove mudanças na composição da cesta básica.

A nova cesta básica será composta por 10 alimentos de diferentes grupos. São eles: feijões (leguminosas); cereais; raízes e tubérculos; legumes e verduras; frutas; castanhas e nozes (oleaginosas); carnes e ovos; leites e queijos; açúcares, sal, óleo e gorduras; café, chá, mate e especiarias.

“Sem sombra de dúvidas, o decreto é muito positivo porque vamos ter uma dinamização da produção da agricultura familiar sendo estimulado por esta mudança que inclui os alimentos que antes não estavam compondo a cesta básica”, contribui a secretária de Política Agrícola, Vânia Marques Pinto.

O documento insere na cesta básica alimentos in natura ou minimamente processados para a promoção de uma alimentação mais saudável. O intuito é evitar a ingestão de alimentos ultraprocessados, que, conforme evidências científicas, aumentam a prevalência de doenças cardiovasculares, diabetes, obesidade, hipertensão e diversos tipos de câncer.

“É um decreto que todo mundo ganha, principalmente a população, porque nós estamos tratando de tornar a cesta básica muito mais saudável, com produtos in natura ou minimamente processados. Quando a gente coloca produtos naturais na cesta básica, ou minimamente processados, nós temos a possibilidade de estimular uma melhor alimentação”, afirma a secretária.

A mudança também visa criar sistemas alimentares saudáveis e sustentáveis e promover a proteção de uma alimentação adequada e saudável, da saúde, do meio ambiente, e a geração de renda para o homem e a mulher do campo. Sempre que possível, deverão ser priorizados alimentos agroecológicos, produzidos na mesma região em que serão consumidos e oriundos da agricultura familiar.

“A CONTAG tem participação intensa dentro dos conselhos e do Consea, que é um dos conselhos que pauta a questão da segurança alimentar e nutricional. Então, nós ficamos muito animadas e animados com este avanço e vamos verificar como é possível dar viabilidade para que essa política seja efetivada na prática”, finaliza a secretária de Política Agrícola, Vânia Marques Pinto.

Fonte: Comunicação CONTAG – Malu Souza

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