A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares da Paraíba (FETAG-PB), por meio da Secretaria de Mulheres, realizou nesta quarta-feira (26) a terceira Oficina de Formação para a 7° Marcha das Margaridas 2023. A atividade foi realizada no Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Guarabira, reunindo mulheres dos demais sindicatos da região e contou com a participação do presidente, Liberalino Lucena, do secretário de Políticas Sociais, Rosivaldo Fernandes, da tesoureira, Avanise Fernandes, da secretária geral, Cleide Araújo, da segunda secretária de Formação Sindical, Maria Anunciada, todos da FETAG-PB, o presidente do Sindicato de Guarabira, José de Freitas Araújo, e da representante do Movimento de Mulheres Trabalhadoras Rurais do Nordeste – seção PB, Nilza da Silva, e a coordenadora da Marcha pela Vida das Mulheres e pela Agroecologia, Maria do Céu Santana.
Além de apresentar às agricultoras familiares da Paraíba os objetivos da Marcha das Margaridas, a oficina é o momento de organizar as propostas das paraibanas, que serão levadas para Brasília nos dias 15 e 16 de agosto, e entregues ao presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva.
A próxima oficina será realizada no dia 10 de maio, na cidade de Campina Grande.
“Este é o momento de construção de nossas propostas para levarmos para a Marcha das Margaridas em prol do bem viver das mulheres e pela reconstrução do Brasil. Já realizamos duas oficinas, na cidade de Patos, para os sindicatos do alto e médio sertão, e agora viemos para a região do brejo para junto às mulheres e também aos homens daqui discutir as políticas públicas, os eixos políticos que nos levam a marchar. Esta pauta construída por nós da Paraíba durante as oficinas de formação serão entregues ao presidente Lula no mês de junho. Precisamos estar unidas, porque nossa luta é diária, “ reforçou a secretária de mulheres da FETAG-PB, Ivanete Leandro.
Os eixos políticos da 7° Marcha das Margaridas foram apresentados pela segunda secretária de mulheres da Federação, Marleide Fernandes. São eles que norteiam a elaboração das propostas das agricultoras familiares e estão relacionados à democracia participativa e soberania popular, poder e participação política das mulheres, democratização de acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios, saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária, entre outros.
Outro tema discutido pelas Margaridas na Paraíba, e que está incluído nos eixos da Marcha, é a implantação das usinas de energia eólica e solar no Estado, que tem provocado impactos negativos na vida da mulher e do homem do campo. A assessora jurídica da FETAG-PB, Geane Lucena, discutiu o tema com as e os participantes da Oficina e apresentou os resultados que já vem acontecendo a partir da instalação destes parques, afetando o direito como segurado especial dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, a saúde física e mental da família e a destruição do meio ambiente, pois promove o desmatamento e desequilíbrio do ciclo das águas.
“Existem experiências na Paraíba da implantação de cooperativas de energia solar, que utilizam um modelo descentralizado e que não prejudica o ecossistema e a vida dos agricultores familiares. São projetos realizados pelo Comitê de Energia Renovável do Semiárido e que tem feito com que os benefícios das energias renováveis sejam aproveitados pelos trabalhadores rurais, preservando o meio ambiente”, enfatizou Geane.
Mabel Dias – Assessoria de Comunicação da FETAG-PB
