A cidade de Guarabira, no brejo paraibano, ficará florida nesta quarta-feira (26), com a presença das Margaridas, que vão realizar sua segunda Oficina de Formação para a 7° Marcha das Margaridas 2023.
A atividade será realizada na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares da cidade, situado a rua São Manuel, 07, no bairro do Cordeiro, e vai reunir agricultoras familiares da região com o objetivo de organizar as propostas das mulheres da Paraíba, que serão levadas para a Marcha, em Brasília, nos dias 15 e 16 de agosto e entregues ao presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva.
A primeira Oficina aconteceu na cidade de Patos, reunindo trabalhadoras rurais do Alto e Médio Sertão, no Centro de Treinamento da FETAG-PB.
As oficinas são o momento de formação para as mulheres, mas os homens, diretores do Sindicato, também podem participar. “A construção da Marcha das Margaridas diz respeito não só aos interesses das mulheres, mas também aos interesses das famílias dos povos do campo”, ressaltou a secretária de Mulheres da FETAG-PB, Ivanete Leandro.
As próximas Oficinas serão realizadas nas cidades de Campina Grande (10 de maio), João Pessoa (31 de maio) e por fim, no dia 14 de junho, as Margaridas vão visitar o museu da líder camponesa, Margarida Maria Alves, inspiração para a realização da Marcha, que fica na cidade de Alagoa Grande, terra natal da sindicalista.
O lançamento da 7ª Marcha das Margaridas foi realizado na Paraíba no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, na FETAG-PB, em João Pessoa. A Marcha deve reunir cerca de 200 mil mulheres de todos os recantos do Brasil na Capital federal. As principais reivindicações das Margaridas para este ano estão inseridas nos seguintes eixos políticos: democracia participativa e soberania popular; poder e participação política das mulheres; autodeterminação dos povos, com soberania alimentar, hídrica e energética; democratização do acesso à terra e garantia dos direitos territoriais e dos maretórios; vida saudável com agroecologia e segurança alimentar e nutricional; direito de acesso e uso da biodiversidade, defesa dos bens comuns e proteção da natureza com justiça ambiental e climática; autonomia econômica, inclusão produtiva e trabalho e renda; educação pública não sexista e antirracista e direito à educação do e no campo; saúde, previdência e assistência social pública, universal e solidária; universalização do acesso à internet e inclusão digital; vida livre de todas as formas de violência, sem racismo e sem sexismo; autonomia e liberdade das mulheres sobre o corpo e a sua sexualidade.
Mabel Dias – Assessoria de Comunicação da FETAG-PB