FETAG-PB participa de Audiência Pública sobre a Marcha das Margaridas e em defesa da Agroecologia promovida pelo mandato da deputada Cida Ramos

A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (FETAG-PB) será uma das entidades participantes da Audiência Pública pela Marcha das Margaridas e em defesa da Agroecologia, que será realizada nesta quinta-feira (25), às 9h, no auditório da FETAG-PB, em João Pessoa. A propositura é da deputada estadual Cida Ramos (PT) com o objetivo de debater as lutas das mulheres do campo, além de representar, também, reunião da Frente Parlamentar da Agroecologia e Energias Renováveis. Além da FETAG-PB e do mandato da deputada Cida Ramos, a Audiência está sendo organizada pela ASPTA, GT Mulheres e Agroecologia da Articulação do Semiárido, Polo da Borborema, Secretaria de Mulheres da CUT, Sindicato das Trabalhadoras Domésticas, Secretaria Estadual de Mulheres do PT/PB e Movimento da Mulher Trabalhadora Rural da Paraíba.

Desde o mês de abril, a FETAG-PB e sindicatos associados estão realizando oficinas de formação com agricultoras familiares para mobilizá-las para participar da 7° Marcha das Margaridas, que vai acontecer nos dias 15 e 16 de agosto, na cidade de Brasília. Em junho, as mulheres devem ir até Alagoa Grande, terra de Margarida Maria Alves, para dialogar com as mulheres da região sobre a Marcha e fazer uma visita ao museu, casa onde ela morou com sua família e foi assassinada por latifundiários da região, e que guarda a história de luta da líder sindical rural, contada através de documentos, vestimentas e reportagens da mídia paraibana.

Mulheres do campo, das águas e das florestas

A Marcha das Margaridas é uma mobilização das mulheres do campo, das águas e das florestas, que ocorre no Brasil desde o ano 2000 e que vem, ao longo de suas edições, incorporando a pauta da Agroecologia. É por meio de uma reflexão sobre o desenvolvimento conceitual que hoje a Marcha das Margaridas é reconhecida como grande ação conjunta entre as mulheres do Brasil e em toda a América Latina.

Coordenada pela Secretaria Nacional de Mulheres da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG), com a participação das 27 Federações e Sindicatos associados, a marcha é uma estratégia com a finalidade de construir visibilidade pública e conquistar reconhecimento tanto social, quanto político.

“Medo nós tem, mas não usa”: Margarida Maria Alves como inspiração

A líder sindical rural Margarida Maria Alves é a principal referência da Marcha. Ela lutou pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais na Paraíba, e foi presidente do Sindicato em Alagoa Grande por doze anos. O direito à terra, reforma agrária, educação, à igualdade e a defesa dos direitos trabalhistas e vida digna para trabalhadoras e trabalhadores rurais eram suas lutas, pelas quais, inclusive, Margarida foi assassinada.

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