Todos os dias, uma quantidade alarmante de mulheres, jovens e meninas é submetida a alguma forma de violência, seja assédio, exploração sexual, estupro, tortura, violência psicológica, agressões por parceiros ou familiares, perseguição e feminicídio. Os dados são alarmantes: 8 mulheres são agredidas por minuto; 17 milhões de mulheres brasileiras sofreram algum tipo de violência e agressão no último ano durante a pandemia de Covid-19; 1 a cada 4 mulheres acima de 16 anos foi atacada fisicamente, psicologicamente ou sexualmente; 3 mulheres são vítimas de feminicídio a cada um dia; Em 88,8% dos casos, o autor foi o companheiro ou ex-companheiro. Dados da ONU Mulheres demonstram que as mulheres e meninas que vivem em áreas rurais enfrentam riscos e desafios na resposta à violência. Os níveis de pobreza, menor acesso à educação superior e ao trabalho decente, menor capacitação econômica e proteção social aumentam ainda mais a vulnerabilidade das mulheres que estão em relacionamentos abusivos. Em áreas rurais, os serviços de atendimento às mulheres em situação de violência muitas vezes inexistem ou são inacessíveis. Em 2018, 482 mulheres foram vítimas de violência em conflitos agrários. Em 2019, o Brasil registrou 1.833 conflitos no campo e 102 camponesas foram vitimadas nesses casos. “Os conflitos agrários geram insegurança, medo e violência nas nossas famílias agricultoras, em especial, na vida de nós mulheres e das nossas crianças. Afinal, somos as responsáveis pelo cuidado dos nossos territórios. Também somos nós que estamos na vanguarda da luta pelos bens comuns. Portanto, neste dia 25 de novembro, a CONTAG e a Marcha das Margaridas dizem: Basta de violência contra as mulheres”, reforçou Mazé. No Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, a CONTAG e a Marcha das Margaridas entendem que a violência contra as mulheres é um debate importantíssimo e urgente, sobretudo, em um contexto político de forte ameaça à democracia e aos direitos conquistados, e em meio a uma pandemia que evidenciou e intensificou desigualdades já existentes. “As medidas de isolamento adotadas não apenas levaram ao confinamento das mulheres com os seus agressores, como também as deixaram em uma situação de maior vulnerabilidade econômica. Situação que contribui para a vulnerabilidade dos nossos corpos, deixando-os mais expostos à violência física e a outras formas de violência”, explicou Mazé Morais, secretária de Mulheres da CONTAG.
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Assessoria de Comunicação da FETAG-PB (Mabel Dias), com informações da Assessoria de Comunicação da CONTAG -(Verônica Tozzi) |