FETAG encaminha relatório ao MPT denunciando situação precária dos trabalhadores da cana de açúcar e do plantio de abacaxi na Paraíba

 

Trabalhadores do corte da cana colocando agrotóxicos, sem os equipamentos adequados de proteção. Foto: João Alves

A Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares da Paraíba (FETAG-PB), através da Secretaria da Agricultura Familiar e de Política Agrícola, encaminhou ao Ministério Público do Trabalho (MPT) documento denunciando a situação precária dos trabalhadores do corte da cana de açúcar e do plantio de abacaxi em alguns municípios paraibanos.

A situação de precariedade e vulnerabilidade dos trabalhadores rurais e assalariados foi registrada nas comunidades Mumbaba dos Américo e Mumbaba de Cícero Holanda, localizadas no município de Santa Rita. Também foram encontradas situações similares em Pedras de Fogo, Guarabira, Itapororoca e Araçagi. Os trabalhadores não têm seus direitos trabalhistas garantidos e estavam fazendo o corte da cana e colhendo abacaxi, sem os equipamentos adequados de proteção.

“Quando chegamos ao local, tanto nas plantações de abacaxi quanto na de cana de açúcar, encontramos trabalhadores em situação clandestina, ou seja, sem registro na carteira de trabalho e sem equipamento de proteção individual. Só em uma fazenda, o pessoal disse que era fichado, mas não vimos estes documentos.”, informa o secretário de Política Agrícola da FETAG-PB, João Alves.

O secretário da FETAG-PB disse ainda que os trabalhadores estavam expostos a agrotóxicos, sem luvas ou qualquer outro equipamento de proteção pessoal, que os afastasse dos riscos da exposição a este tipo de produto.

João Alves disse que, em parceria com os sindicatos dos trabalhadores rurais e assalariados da Paraíba, tem buscado fazer acordo coletivo com os proprietários das usinas de cana de açúcar e das fazendas onde se cultiva abacaxi com o intuito de resolver esta situação precária, mas não tem encontrado receptividade.

“Diante disso, fizemos um relatório e encaminhamos para o Ministério Público do Trabalho e esperamos que esta situação se resolva o mais rápido possível, para que os trabalhadores tenham seus direitos garantidos, tanto os assalariados quanto os trabalhadores rurais”, afirmou o secretário da Agricultura Familiar e de Política Agrícola da FETAG-PB.

Mabel Dias – assessoria de comunicação FETAG-PB

 

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