O clima está mudando. A frequência e intensidade das chuvas, tempestades, estiagens e temperaturas estão muito altas ou muito baixas para a época. Tudo isso é resultado das mudanças climáticas, que afetam diretamente a vida do agricultor e agricultora familiar que dependem do clima para produzir alimentos e sustentar os lares brasileiros.
E com o propósito levar conhecimento e trocar experiências sobre o tema, a CONTAG realizará Seminários Regionais sobre Agricultura Familiar e Mudanças Climáticas, com o apoio do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), envolvendo as Federações e Sindicatos filiados. A secretária-geral da FETAG-PB, Cleide Araújo, a presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Capim, Diomar Antônio de Braga, e as representantes também do Sindicato de Capim, Ticiane Araújo e Antônia, o representante do Comitê de Energias Renováveis do Semiárido (CERSA), José de Anchieta, e a representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Solânea e do Polo da Borborema, Maria do Céu participam do evento representando a Paraíba.
A secretária de Meio Ambiente da CONTAG, Sandra Paula Bonetti, compartilha que “precisamos cada vez mais preparar e levar as discussões ambientais e climáticas para a nossa base, tendo em vista os últimos acontecimentos, onde cada vez mais a agricultura familiar tem sido impactada com as questões climáticas.”
Os momentos dos Seminários oferecerão elementos conceituais e políticos sobre os impactos das mudanças climáticas e a contribuição no processo de adaptação buscando garantir a participação nas tomadas de decisão para transição justa da agricultura através da efetivação das políticas públicas.
“Um dos grandes objetivos dos encontros é traduzir esse linguajar, essa conversa climática e ambiental, que é uma conversa muito difícil, pesada, que tem muitos conceitos e siglas. Quando uma agricultora ou agricultor ouve um telejornal, por exemplo, ele às vezes não consegue relacionar que um evento climático extremo ou que algum dano ambiental que está acontecendo em determinada região do Brasil também tem a ver com ele. Então, a ideia desses seminários é conversar, levar conhecimento da pauta e preparar o nosso povo para as discussões que cada vez mais vão estar em alta, principalmente com a vinda da Conferência do Clima para o Brasil”, aborda a secretária.
Serão realizados seis seminários, sendo dois no nordeste e um em cada uma das demais regiões brasileiras, com exposição dialogada, participativa e/ou trabalho em grupos. O público-alvo são agricultores e agricultoras familiares, lideranças e técnicos(as) do Movimento Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (MSTTR).
“Nós agricultores e agricultoras familiares precisamos cada vez mais estarmos preparados para nos adaptar aos extremos que virão e em como incidir na política pública e nos nossos governos locais, estaduais, federais. A agricultura familiar deve ser considerada nos planos de adaptação e no planejamento dos municípios e dos estados para que nós não sejamos os mais impactados ou para que a gente possa minimizar o que vem acontecendo e os impactos”, finaliza Sandra Paula Bonetti.
Por Malu Souza / Comunicação CONTAG