Foto: Zé Marques
O presidente da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares da Paraíba (FETAG-PB), Liberalino Ferreira de Lucena, reuniu-se na granja Santana na sexta-feira (14) com o governador da Paraíba, João Azevedo, para tratar sobre a regularização fundiária dos agricultores familiares do Polo da Borborema. O secretário de Juventude da FETAG-PB, Jhosildo Irineu, também esteve presente à reunião.
O presidente da FETAG-PB entregou ao governador um documento que informa sobre a situação das 17 mil famílias, das quais 60% caracterizam-se como posseiros, moradoras dos municípios de Arara, Solânea, Esperança, Algodão de Jandaíra, Serra Redonda, Puxinanã, Campina Grande, Casserengue, Areia, Pilões, Serraria e Massaranduba. De acordo com o documento entregue ao governador pelo presidente da FETAG-PB, 133 mil hectares já foram georreferenciados pela EMPAER , mas apenas 11 municípios estão com a certificação das terras regularizadas.
“Esse projeto teve início em 2014 e corre o risco de ser interrompido agora em outubro por falta de verbas, como nos informou o coordenador do Polo da Borborema, Manoel Soares, em reunião que participamos na cidade de Esperança no dia 8. Viemos conversar com o governador para pedir seu empenho na conquista de mais recursos que viabilizem a regularização fundiária para todos os agricultores e agricultoras familiares que fazem parte do projeto”, informou Liberalino Lucena.
Foto: Zé Marques
O secretário da Agricultura Familiar e Desenvolvimento do Semiárido, Bivar Duda, também participou da reunião. Ele disse o governo está atento a situação dos trabalhadores e trabalhadoras rurais que encontram-se nesta situação e, gradativamente, vai promover a regularização fundiária das famílias do Polo, o que também vai possibilitar o acesso delas às políticas públicas direcionadas à agricultura familiar, promovidas pelo governo do Estado da Paraíba.
“A terra estando regularizada vai fazer com que o agricultor tenha acesso ao crédito, tenha acesso às políticas públicas, possa fazer o seu CAF, tendo acesso a políticas que façam com que aquela família melhore, vivendo dignamente. É papel do Estado e nós estamos empenhados nesse sentido para que as propriedades que ainda precisam dessa regularização venham a se resolver de uma forma prática, direta e definitiva. Na agricultura familiar tudo começa com a posse definitiva da terra e isso significa dizer documentada em nome daquela família que está lá, sobrevivendo, trabalhando, produzindo alimentos de boa qualidade, praticando a agroecologia, a agricultura orgânica”.
Mabel Dias – Assessora de Comunicação da FETAG-PB